Publicado em 21/02/2022 19:18 - Atualizado há 2 meses
Sou daqueles que acham que nada ou quase nada substitui o olho no olho em uma campanha eleitoral. Mas a questão que se impõe é: como estar presente fisicamente junto ao eleitor em eleições de âmbito estadual como as de 2022? Muitos responderiam que os multiplicadores, antes denominados “cabos eleitorais”, cumprem esse papel. Ou seja, que o time de apoiadores engajados de cada candidata ou candidato, distribuídos pelo território em questão, é capaz de suprir ausências. O buraco é mais embaixo.
Não é necessário dizer que vivemos uma era onde a informação se dissemina em velocidade nunca antes vista e, a cada minuto, fatos e factoides são produzidos na internet. Por isso, é indiscutível, inegociável e inadiável que os candidatos estejam presentes nas redes sociais, dialogando com o mercado eleitoral e, acima de tudo, conseguindo a sua narrativa. Todos somos potenciais geradores de conteúdo. E para todo, eu falei TODO, construído existe um público interessado. Ter equipes organizada e espalhadas pelo Estado é sonho de consumo para a imensa maioria dos postulantes. Mas estar presente diariamente nas redes, não. É mais que possível: é fundamental.
Para ajudar você a aproveitar melhor o que a internet nos disponibiliza, preparei perguntas e respostas bem simples e didáticas que podem ser úteis.
Cada rede tem o seu perfil de postagem e de audiência. Depende muito do perfil do candidato ou candidata. Mas estar com uma conta aberta e profissional no Instagram e ter uma página no Facebook é básico. Tem que ter!! Já o Twitter funciona melhor para quem emite opiniões sobre os fatos, tem poder de síntese e precisa dialogar com um público mais crítico. O YouTube é muito útil para armazenar seus vídeos, se você os fizer com frequência. Ainda assim, nada supera o WhatsApp. Invista em listas de transmissão, contando que peça a permissão para seus receptores. Já ia esquecendo: se você for dialogar com o público mais jovem, preste agência no Tiktok.
Quem manda na estratégia é o seu nicho ou mercado eleitoral. Tendo claro quais assuntos você aborda e a qual público se destina, fica mais fácil organizar quais redes priorizar e o próprio conteúdo. Tenho pra mim que todo candidato ou candidata deve ter um assunto dominante, devendo abordar o tal assunto de maneiras variadas o tempo todo para não enjoar.
Discutível. Hoje, até empresas modernas e da área da teologia abrem mão de ter sites. Concentram tudo nas redes sociais e no Google. Se você tem uma extensão biografia, muitos projetos realizados e queria ter um local depositário de tudo isso, ter um site pode ser uma boa. De resto, perda de tempo.
Definindo o assunto dominante. Ele vai orientar todo o resto, pode confiar.
O quanto antes, visto que não pedindo voto a lei permite que você apresente suas ideias sem restrição. Quanto antes começar, mais audiência terá na campanha.
Candidato tem que ser candidato. Ou seja, não pode fazer tudo. No mínimo uma pessoa deverá estar na equipe com a incumbência de postar e interagir nas redes.
Começar antes da eleição e ter bem claro o nosso assunto dominante e o público a que se destina.
A partir das listas de transmissão do whats e dos vídeos, sempre indicando que curtam e compartilhem os conteúdos lá depositados.
Sendo páginas ou contas profissionais, no caso do Instagram, a própria rede fornece dados básicos de público, região, alcance.
Espero ter ajudado você! E não esqueça: as eleições de 2022 serão muito especiais. Vejo o eleitor com saudade de um pleito com campanhas mais ostensivas, coisa que foi muito prejudicada pela pandemia em 2020. Esteja presente! Nas ruas e nas redes. E anote aí: quem tem um assunto dominante tem meio caminho andado.
Zeca Honorato